segunda-feira, 15 de março de 2010

Deu no Correio Brasiliense
09 de março de 2010

9 de março de 2010 PHS lança a pré-candidatura de Oscar SIlva, advogado que defende a extinção de impostos como o IPI e o de RendaTiago ParizÉ possível um candidato desconhecido ser eleito presidente da República por um partido nanico? É viável mobilizar militantes para uma empreitada quase impossível? Com pouco tempo de televisão e recursos escassos, pode-se desafiar candidaturas consideradas favoritas? O Partido Humanista da Solidariedade (PHS) quer responder sim às três perguntas ao lançar, hoje, o advogado Oscar Silva como pré-candidato ao Palácio do Planalto.Maranhense que vive há 37 anos em Brasília, Silva aceitou entrar na aposta de um partido com 110 mil filiados. Para financiar sua campanha, ele espera que cada um dos militantes doe R$ 100 e pretende realizar uma campanha de R$ 10 milhões. Nada de marqueteiros estrangeiros ou renomados. Tudo será tocado internamente pelo PHS.Nessa toada quase quixotesca, a meta é tentar barrar a lógica de que política se faz refém dos partidos grandes. Como nessa mesma política o que se faz em casa não se repete na tribuna, a legenda que conta com três deputados federais gira em torno da esfera do governo federal. Na campanha, a proposta não é essa.Silva quer se apresentar como a novidade para quebrar a polarização entre Dilma Rousseff e o governador de São Paulo, José Serra (PSDB). Para se espremer nesse espaço, lembra que o caricato Enéas Carneiro (Prona), o candidato à presidente em 1989, conseguiu passar sua mensagem em menos de um minuto de televisão.A proposta do pré-candidato do PHS não chega a ser tão explosiva como era a de Enéas, mas é algo que pesa no bolso dos contribuintes. Sua principal bandeira na campanha eleitoral será acabar com o Imposto de Renda (IR) e o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). No lugar dessas taxas, surgiria um tributo único de 2%, cobrado direto na conta bancária. Uma espécie de Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) renovada. “Isso garantiria um aumento na renda de 15% aos servidores públicos”, disse, em entrevista ao Correio.O imposto único é o exemplo para a desburocratização do estado, um dos 12 temas que compõem as diretrizes do programa de governo do PHS e têm em comum a busca por “humanismo e solidarismo” (o mote do partido, oras) que falta à política brasileira, na visão do aspirante à Presidência.De alguma forma, é nesse slogan que o pré-candidato tenta criar liga para defender suas outras bandeiras: política industrial, energética, ambiental e para a juventude. “Precisamos qualificar os jovens que chegam ao mercado de trabalho, dar uma profissão”, disse. Como exemplo, ele cita o treinamento para as mais diversas profissões. “O jovem pode virar confeiteiro para dar à sociedade e não só receber”, afirma o pré-candidato do PHS.JurosProdução, para ele, é também a resposta para combater os altos juros praticados pelo Banco Central do Brasil. A queda na taxa Selic, o famigerado apelido para quase todos os males econômicos do país na visão simplista e disseminada de políticos e industriais, será possível inundando o mercado com produtos produzidos no país. “Aumentam os produtos, caem os preços”, argumenta. Resultado: segundo ele, redução dos juros. Inflação por excesso de demanda foi descartada nessa lógica.Se o que importa é uma sociedade doutrinada pelo solidarismo e humanismo, a alimentação de seus integrantes é ponto chave, mas não qualquer tipo de comida com sustentabilidade ambiental. Ele defende tornar exequível a agricultura orgânica, produtos considerados pouco acessíveis às camadas mais simples da população. Também propõe a redução da dependência energética do petróleo e a promoção de formas amigáveis ao meio ambiente (para usar um termo da moda), como a energia eólica, hidrelétrica e o etanol.Oscar Silva entrou para a política no PMDB, tentou se eleger deputado constituinte em 1986, depois deputado federal pelo PL, em 1994. Está filiado há cinco anos no PHS. É ambicioso. A meta do partido é não desaparecer na eleição de outubro. A candidatura à Presidência servirá para dar visibilidade a postulantes a deputados estaduais e federais com a bandeira filosófica do “humanismo e solidarismo”. O ambicioso pré-candidato estima ser possível eleger entre 20 e 25 deputados federais nos 15 estados onde a legenda estará mais forte.Precisamos qualificar os jovens que chegam ao mercado de trabalho, dar uma profissãoOscar Silva (PHS-DF), pré-candidato à PresidênciaPHS lança a pré-candidatura de Oscar SIlva, advogado que defende a extinção de impostos como o IPI e o de Renda



Tiago Pariz



É possível um candidato desconhecido ser eleito presidente da República por um partido nanico? É viável mobilizar militantes para uma empreitada quase impossível? Com pouco tempo de televisão e recursos escassos, pode-se desafiar candidaturas consideradas favoritas? O Partido Humanista da Solidariedade (PHS) quer responder sim às três perguntas ao lançar, hoje, o advogado Oscar Silva como pré-candidato ao Palácio do Planalto.



Maranhense que vive há 37 anos em Brasília, Silva aceitou entrar na aposta de um partido com 110 mil filiados. Para financiar sua campanha, ele espera que cada um dos militantes doe R$ 100 e pretende realizar uma campanha de R$ 10 milhões. Nada de marqueteiros estrangeiros ou renomados. Tudo será tocado internamente pelo PHS.



Nessa toada quase quixotesca, a meta é tentar barrar a lógica de que política se faz refém dos partidos grandes. Como nessa mesma política o que se faz em casa não se repete na tribuna, a legenda que conta com três deputados federais gira em torno da esfera do governo federal. Na campanha, a proposta não é essa.



Silva quer se apresentar como a novidade para quebrar a polarização entre Dilma Rousseff e o governador de São Paulo, José Serra (PSDB). Para se espremer nesse espaço, lembra que o caricato Enéas Carneiro (Prona), o candidato à presidente em 1989, conseguiu passar sua mensagem em menos de um minuto de televisão.



A proposta do pré-candidato do PHS não chega a ser tão explosiva como era a de Enéas, mas é algo que pesa no bolso dos contribuintes. Sua principal bandeira na campanha eleitoral será acabar com o Imposto de Renda (IR) e o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). No lugar dessas taxas, surgiria um tributo único de 2%, cobrado direto na conta bancária. Uma espécie de Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) renovada. “Isso garantiria um aumento na renda de 15% aos servidores públicos”, disse, em entrevista ao Correio.



O imposto único é o exemplo para a desburocratização do estado, um dos 12 temas que compõem as diretrizes do programa de governo do PHS e têm em comum a busca por “humanismo e solidarismo” (o mote do partido, oras) que falta à política brasileira, na visão do aspirante à Presidência.



De alguma forma, é nesse slogan que o pré-candidato tenta criar liga para defender suas outras bandeiras: política industrial, energética, ambiental e para a juventude. “Precisamos qualificar os jovens que chegam ao mercado de trabalho, dar uma profissão”, disse. Como exemplo, ele cita o treinamento para as mais diversas profissões. “O jovem pode virar confeiteiro para dar à sociedade e não só receber”, afirma o pré-candidato do PHS.



Juros



Produção, para ele, é também a resposta para combater os altos juros praticados pelo Banco Central do Brasil. A queda na taxa Selic, o famigerado apelido para quase todos os males econômicos do país na visão simplista e disseminada de políticos e industriais, será possível inundando o mercado com produtos produzidos no país. “Aumentam os produtos, caem os preços”, argumenta. Resultado: segundo ele, redução dos juros. Inflação por excesso de demanda foi descartada nessa lógica.



Se o que importa é uma sociedade doutrinada pelo solidarismo e humanismo, a alimentação de seus integrantes é ponto chave, mas não qualquer tipo de comida com sustentabilidade ambiental. Ele defende tornar exequível a agricultura orgânica, produtos considerados pouco acessíveis às camadas mais simples da população. Também propõe a redução da dependência energética do petróleo e a promoção de formas amigáveis ao meio ambiente (para usar um termo da moda), como a energia eólica, hidrelétrica e o etanol.



Oscar Silva entrou para a política no PMDB, tentou se eleger deputado constituinte em 1986, depois deputado federal pelo PL, em 1994. Está filiado há cinco anos no PHS. É ambicioso. A meta do partido é não desaparecer na eleição de outubro. A candidatura à Presidência servirá para dar visibilidade a postulantes a deputados estaduais e federais com a bandeira filosófica do “humanismo e solidarismo”. O ambicioso pré-candidato estima ser possível eleger entre 20 e 25 deputados federais nos 15 estados onde a legenda estará mais forte.



Precisamos qualificar os jovens que chegam ao mercado de trabalho, dar uma profissão



Oscar Silva (PHS-DF), pré-candidato à Presidência